quem é que nunca mentiu pra fazer sorrir? quem nunca acreditou pra não chorar? seu amor não me comove. como um artigo de 1,99 que a qualquer momento pode desintegrar. sua lógica não me move. ela é exatamente a falha do revólver quando quero atirar no alvo fácil do seu peito aberto. quanto mais tento, menos eu acerto. quem é que nunca mentiu pra fazer sorrir? quem nunca acreditou pra não chorar? meu amor é um vago arrepio varrido pelas vagas do seu rio. a mordida de sua boca no vazio quando quer me devorar. o reflexo, no olho, do pavio, quando a bomba vai mascar. quem é que nunca mentiu pra fazer sorrir? quem nunca acreditou pra não chorar?