Não me implore. Não quero ver você voltar assim. Estou cansado de ficar sofrendo com medo de sentir novamente o que eu senti. Quero sumir e virar pedra. Eternamente uma pedra. Que a minha alma exploda. Você não ouse vir pedir perdão. Preciso colocar em ordem o meu discurso contra a vida. Eu vou preparar a mesa vazia. Vou estender seu corpo como uma iguaria. Vou me servir horrores. Vou te tomar, te beber com gosto. Você não vai sentir mais nada. Será o fim do desencontro. Alguém some por aí. Quis se divertir comigo. Eu vou procurar o meu caminho. Vou te levar comigo. Quer queira, quer não. Que já chegou a hora da gente ir embora. Vá lá mi deus agora. Vou precisar de muita calma. Sérgio Sampaio volta. E traga aquela corda. Aqui é tão alto e eu olho. Eu vejo as pessoas. Elas não, não se importam. Se eu sofro ou se eu choro. Elas estão correndo à toa. E se trombam e se matam. Eu vejo daqui. Um lugar bonito. Bem lá em baixo um precipício. É ali que eu vou bater.