tenho evitado contar absurdos que me acontecem pra quem diz que gosta de mim. elas parecem saber mais que eu. mesmo eu fingindo que não sei de nada também. eu fico muito esquisito quando abro meu coração. e só me resta, agora, correr como quem morre de medo. e isso... eu não sei. todos os dias eu me desvio do meu caminho. cobra sem rastro no chão e lugar pra voltar. as ruas vão invadindo meus passos, e eu, sozinho, ensandecidamente grosseiro, a cantar. eu fico muito esquisito quando abro meu coração. e só me resta, agora, correr como quem morre de medo. e isso... eu não sei. acho que agora eu já posso ficar aqui, desde que eu não diga mais nada também. ou só me resta mesmo fugir como quem não tem mais jeito? isso... eu não sei.